sábado, 11 de julho de 2009

De tirar o fôlego!

Internautas confiram a minha primeiro reportagem a ser públicado na rede. Gosto de estar em contato com o mar, e na revista produzida na faculdade esse semestre, cujo nome escolhido é "Mar em Foco" abordamos várias coisas relacionadas ao mar. E agora apresento a minha matéria "De tirar o fôlego", que relata a modalidade de pesca na apnéria conhecida como "Pesca Submarina" CONFIRA!
Mergulhar na apnéia é fazer uma parada momentânea da respiração. E é exatamente prendendo a respiração, sem o auxilio de oxigênio, que alguns mergulhadores, sem aparelhos de respiração artificial, vão até as profundezas do mar, rios ou lagos. Ficam o tempo que o pulmão resistir, a espera de que peixes curiosos se aproximem, quando o isso acontece, basta atirar e puxar o cardume. O mergulhador não pode chegar dando tibum na água, para não assustar os peixes. Além disso, os movimentos têm que poupar energia. Por isso, ele usa uma técnica chamada golpe de rim, que lembra um balé: prende o fôlego, dobra o corpo ao meio, joga as pernas para o ar e afunda aos poucos. Tudo deve ser em apneia, com a respiração presa. Por exigir cautela, paciência e técnica, a atividade é hoje considerada um esporte radical devido também a alguns perigos, como a falta de oxigenação que acomete quem mergulha mais fundo do que deveria. Assim, sem oxigênio, o cérebro perde o controle motor, e o corpo treme como se o mergulhador estivesse dançando.


Essa modalidade de pesca conhecida como “Pesca Submarina” se tornou rotina de muitos mergulhadores com o intuito de captar peixes para venda ou consumo próprio. Para falar um pouco sobre a Pesca Submarina também conhecida como Caça Submarina, eu convidei para uma entrevista exclusiva para você leitor, da Mar em Foco, o mergulhador há 5 anos, e também estudante de Engenharia Ambiental Leonardo Almeida de 20 anos. A entrevista realizada no prédio de Leonardo foi bastante interativa e para me recepcionar ele vestia uma camiseta branca escrita “Pesca Submarina” com uma imagem de um mergulhador.

Reporter Maiane: - O que mais te motivou a praticar o mergulho e a pesca?
Leonardo:
- Rapaz eu sempre quis mergulhar, eu já tinha mergulhado de compressor uma vez, quando eu tinha uns 10 anos, mas eu não gostava da sensação, até hoje eu não gosto da sensação do barulho La em baixo das bolhas. Ai conheci um amigo meu que fazia e fui me motivando, pegava a mascara e ficava de bobeira no mar. Ai fui evoluindo e tendo contato com pessoas, inclusive meu tio é pescador e me apresentou uns amigos dele que fazia a pesca . Nunca fiz curso de mergulho, é tudo experiência passada por amigos.

Reporter Maiane: - Quais são as modalidades de mergulho que existem?
Leonardo:
- Mergulho em apneia, prendendo a respiração, mergulho com compressor, que pega o ar da atmosfera e joga lá para baixo com uma mangueira, e com o cilindro, onde o ar fica comprimido, mais utilizado por mergulhadores que vão apreciar a beleza.

Reporter Maiane: - Você pesca para bens financeiros, lucrativos, ou por esporte?
No começo eu comecei a pescar mais por esporte por paixão, mas depende porque tem pescarias que tem muito custo, com barcos, gelo para conservar o peixe, gasolina, por isso as vezes é necessário vender, é muito raro, mas as vezes eu vendo, ate porque eu não posso fazer isso porque a licença não permite eu vender meu pescado.


Reporter Maiane: - Pescador que pesca para vender, para ganhar dinheiro utilizando a pesca submarina existe?
Leonardo: -É complicado, porque o rendimento é muito menor, quem pesca profissionalmente, ou seja a profissão do cara é pescar, e ele não tem nenhuma outra fonte de renda, ele pode tirar uma licença de pescar Professional no IBAMA e ai sim ele vai puder pescar por compressor que o rendimento é maior e o predadorismo é muito maior também.


Reporter Maiane: - Você consegue descrever a sensação no momento em que você está no fundo do mar?
Leonardo: - A sensação de você estar lá em baixo não existe, é uma coisa indescritível, é uma paz que se encontra, você esquece o mundo, parece que esse mundo aqui não existe.

Reporter Maiane: Você me disse que a sua mãe não gosta que você mergulha, e mesmo sabendo disso, porque continua?
Leonardo: -Porque é um vício, não tem como parar, a gente fala que esse esporte é uma bactéria, quando você da o tiro no primeiro peixe, que ele corre você não quer parar mais de ver isso. Eu como peixe todo dia, quando eu vejo um peixe eu só penso em comida.

Reporter Maiane: - Quando te propus fazer a entrevista, você me disse ter achado muito interessante, porque iria desconstruir a imagem ruim que todo mundo tem da pesca submarina, porque você acha que existe isso, e o que você tem a dizer para ajudar essas pessoas a mudar o discurso?
Primeiro porque a pesca submarina para você pescar se utiliza uma arma. Mas entenda. Quem come peixe sabe onde compra? No mercado não é verdade? E qual foi à forma que ele foi pescado? Eu prefiro dar um tiro na cara do peixe, do que ir no mercado comprar um. Porque muita gente nãos sabe, mas veja bem, ou ele foi pescado com uma rede de arrasto com um chumbo que o cara bota e que pega tudo no fundo do mar, coral, tartaruga, golfinho, estrela do mar, tudo, não tem seletividade, é o leito marinho inteiro, o que estiver na frente eles sobem, e o que não prestarem é morto e eles jogam de volta no mar, ou seja você alimenta uma industria pesqueira que destrói todo o leito marinho, sem fiscalização nenhuma. Ou o peixe que está na sua mesa foi criado em uma fazenda de peixes onde ele não podia se mexes e teve que tomar milhões de drogas para não ficar doente, para não ficar maluco e isso não é bom.

"Eu prefiro dar um tiro na cara do peixe, do que ir no mercado comprar um.”

INEDITO!

Leonardo conta um PERREGUE.

Reporter Maiane: - Já aconteceu alguma vez de faltar ar, ou sofrer algum acidente?
Comigo nunca, mas eu já presenciei um apagamento, é a sena mais bizarra. E acidente não, mas eu já passei por alguns perrengues na hora de atirar um peixe. No farol da barra mesmo, a direita é a Bahia, o mar se comporta uma lagoa, e a esquerda são águas continentais ou seja, onde a corrente é muito forte, muito mesmo, porque ali é a boca da barra, onde tem cinco ou quatro naufrágios, e eu estava em cima de um deles, que é o cabo frio, e ai consegue descer duas vezes em cima do navio, e depois não achei mais o mesmo local, porque estava correndo muito a maré, aí foi quando eu desce e tinha muitas isca, aquelas sardinhas, muita, muita, chegava não ver nem o fundo, ai eu desce e fiz espera lá em baixo, quando eu olhei para cima eu vi uma barracuda gigante, de uns 6 quilos, estava longe, mas como a minha arma estava nova eu atirei, e quando eu atirei pegou no rabo, só que não varou a espinha, o que faz ele perder a força, ai o peixe me rebocou muito, me puxou demais, e a corrente me pegou, e eu brigando com ele quase 15 minutos na superfície, e quando eu já estava me aproximando, pegando na flecha ele deu um tranco e lascou a pele e saiu, quando eu olhei para trás o farol da barra já estava minúsculo, longe, mas foi um erro meu, porque atirei em um peixe grande, e que não tinha condições de tiro. Eu fiquei quase 30 minutos nadando, nadando, a água gelada e eu me guiando pelo forte do porto a minha esquerda, porque o farol estava minúsculo, e de tão gelada que estava a água eu comecei a ficar nervoso, a corrente de água vindo na minha cara, e comecei a perder a linha da situação, ai eu parei, tirei a mascara, tirei o cinto de lastro e fui tentando vim nadando de pernada para não cansar, depois de demorar uma hora, cheguei em terra, me lembro que tinha até algumas pessoas na praia, mas eu me passei de todo mundo e deitei na areia e só me lembrava da minha mãe.